Depois das óptimas férias que fizemos por terras brasileiras com os nossos queridos amigos António e Celeste, resolvemos partilhar os sabores encontrados fazendo uma “viagem gastronómica”. Contaremos das comidas e dos locais encantadores por onde fomos passando. É uma maneira de ir eternizando o tempo e as boas experiências.

Começamos a viagem pelo Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Ficamos hospedados no
Refúgio da Ilha que nos proporciona, em

ambiente família, a oportunidade de usufruir da beleza de uma natureza ímpar. Indescritível... o som dos pássaros e o silêncio da

noite, o rio, seus peixes e jacarés, o céu

azul e os
tuiuiús, as surpresas de cada recanto, o escuro estrelado, tudo sabiamente acompanhado e explicado pelo nosso guia Zé.


E... claro, retemperando as energias dos passeios e caminhadas com uma comida pantaneira incrivelmente gostosa (vejam só o aspecto da mesa)!
Achamos muito curiosa a “sopa paraguaia” que de sopa só tem o nome... mas que é uma comida típica da região fronteiriça. Porque é que se chama sopa? Encontramos algumas explicações engraçadas...
Luca Maribondo conta que originalmente seria mesmo um caldo, à base de cebola, queijo, ovos e gordura animal. Mas que a cozinheira terá errado a mão, colocou farinha de milho demais na panela e o que era para servido em sopeira, foi à mesa em travessa. Só que o jantar seria em casa do ditador Carlos Antônio López, manda-chuva,
"m’buruvichá", do Paraguai entre 1844 e 1862. E, por ter gostado da nova iguaria passou a mandar servi-la com frequência! Verdade ou não, tinha bom gosto!
A sopa paraguaia é mesmo saborosa!
Há outras explicações e histórias… mas o bom mesmo é preparar garfo e faca e experimentar uma sopa aos pedaços!

Aqui fica uma sugestão de como fazer (receitas também encontramos várias, mas ficamos com esta
daqui).
INGREDIENTES:2 colheres de sopa de manteiga
2 cebolas médias picadas
4 espigas de milho debulhadas (ou milho em lata)
1 copo de leite
1 copo de água
3 ovos
1 prato fundo de queijo (meia-cura) ralado grosso
6 colheres de sopa de fubá (farinha de milho) fino
1 colher de sopa de fermento em pó
Sal
Para preparar:Pique as cebolas e refogue na manteiga, juntando sal a gosto. Adicione a água e cozinhe até que comecem a se desfazer. Retire do fogo e deixe arrefecer.
Bata os grãos do milho no liquidificador com o leite, deixando alguns grãos meio inteiros. Despeje sobre o refogado de cebola frio, acrescente as gemas, o queijo, o fubá, o fermento e misture bem.
Adicione as claras batidas em castelo, cuidadosamente, com movimentos de baixo para cima.
Despeje a massa numa assadeira untada com manteiga e leve ao forno quente, até que se forme uma crosta dourada na superfície.
Pode ser saboreada ainda quente ou mesmo depois de arrefecer. Há quem diga que no dia seguinte ainda fica melhor...
Comemos a nossa ao jantar, depois de uma cavalgada e de muita aventura... ufa! descanso merecido para uns pantaneiros iniciados!