domingo, novembro 30, 2008

Sável frito com arroz de debulho

Em Venade, com um sável pescado pelo Fausto no rio Minho e preparado pela São!
Já tinha sido pescado em Maio... e ficou à espera no congelador. Foi congelado como mandam os preceitos, ou seja, pescado, enrolado em filme plástico e colocado no congelador sem mais nada.
Estávamos com medo que não estivesse bom... mas estava óptimo! O peixe era enorme e, por isso, até pensamos que seria muito... mas que nada! Pouco sobrou!
Deixo aqui a receita. Parece difícil mas não é assim tanto.
A cozinha fica um pouco suja por causa dos salpicos mas... paciência. O gosto de uma comida gostosa com os amigos compensa!
E este foi um verdadeiro trabalho de equipa! pescado pelo Fausto, arranjado pela São, frito pela Cândida, o arroz feito pela Nair e pela Rica, a mesa preparada pelo Ernesto... e o resto do grupo... comeu!!!!

uma delícia.




Debulho de Sável

O sável deve ser bem escamado e limpo. Em seguida, corta-se a cabeça e o deguladouro (posta junta à cabeça). Tiram-se as ovas e aproveita-se todo o sangue possível que irá servir para a calda. Cortam-se, também, o rabo e as postas mais pequenas. Há quem utilize o fígado também. Neste caso não se deve esquecer de tirar o fel! Eu não usei...Num recipiente, tempera-se com sal, salsa, louro, pimenta, e cobre-se com vinho verde tinto (há receitas que falam em colocar também cravinhos, mas eu não pus). Deixa-se marinar durante umas horas. As postas cortadas são colocadas dentro de um pouco de água para soltar o sangue. São depois escorridas e a água coada para que não vá com nenhuma espinha ou escama. Reserva-se para ser utilizada no arroz.

Num tacho, pica-se uma cebola grande e deita-se um pouco de azeite, vai ao lume e logo que a cebola esteja estalada, deita-se o debulho e a respectiva calda. Cozido o peixe, retira-se para um recipiente ao lado. À calda inicial, junta-se a água necessária para cozer o arroz. Assim que o arroz esteja cozido, junta-se o debulho e rectificam-se os temperos. Deixa-se repousar uns minutos e serve-se o arroz a “fugir pelo prato”. Acompanha-se com o sável frito.

Sável Frito

As postas do sável devem ser cortadas finas, lavadas e sangradas (da maneira que foi explicada anteriormente, aproveitando a água para o arroz). Temperam-se com sal e fritam-se em óleo ou azeite (ou mistura), não muito porque o peixe é muito gordo (convém secá-las primeiro em papel de cozinha).

Acompanhar, é claro, com um bom vinho!

E fazer uma caminhada depois, para ajudar a digestão! Foi o que fizemos!

sexta-feira, novembro 21, 2008

Arroz domingueiro

É verdade que certos pratos "nascem" assim de uma forma meio estranha e servem de pretexto para usar alguns ingredientes que temos à mão... Este "arroz domingueiro", surgiu da necessidade de dar fim a um presunto "pata negra" (de porco preto)... delicioso... preparado por nós.
fomos comendo a carninha boa e ficamos com pena de deitar o osso fora!


A ideia do arroz foi da Mariluce e assim nos juntamos na casa da Rica e do Ernesto para o almoço de domingo.

Como foi feito? um pouco ao sabor da inspiração de momento e o jeito da Mariluce!


Primeiro as carnes, entrecosto (costela de porco), carne de vaca e frango, foram postas a cozer juntamente com feijão encarnado e o osso do presunto. Ficou a cozer devagarinho, até estar tudo macio.


À parte, fez-se um refogado com azeite, cebola, alho, um pouco de tomate, tudo picado, cenouras às rodelas e uma folha de louro.
Quando estava já dourado, acrescentou-se couve lombarda cortada às tiras, o arroz e um pouco de água de cozer as carnes.
Foi tudo envolvido muito bem, ficou a cozer lentamente, e foi-se acrescentando água sempre que necessário, para o arroz ir ficando cozido mas "molhadinho".
Quando o arroz já estava "aberto" juntou-se as carnes e o feijão.
Foi então a altura para rectificar os temperos... um pouquinho mais de sal... um pimenta moída... já está...

depois foi só deixar apurar mais um pouquinho...
o Ernesto serviu um vinho tinto muito bom e lá fomos nós saborear o arroz domingueiro.

(e o Rex foi saborear o osso! acho que o escondeu no quintal... esperto! o nosso arroz acabou todo e ele ainda tem o osso...)

E assim tivemos um almoço de domingo em família, como manda a tradição!

domingo, novembro 16, 2008

Pão do Tomás

Para um jantar de domingo nada melhor do que ir para a cozinha com a família e colocar a mão na massa!
Aqui fica a receita de um pão fácil, rápido e gostoso que pode ser sempre diferente! Quem me ensinou foi um grande amigo, o Tomás, lá em Stanford (Califórnia, USA), em 1983! Costumávamos fazer semanalmente, um para cada casa! Era muito saboroso e divertido!

Pão do Tomás

1º - Dissolver 3 colheres de sopa de fermento de padeiro (em pó) em 2 1/2 copos de água morna.
2º - Misturar 1/4 copo de óleo + 1/4 copo mel + 1colher chá de sal.
3º - Acrescentar 1/4 copo de leite em pó + 1/4 copo de germem de trigo ou farelo (pode também misturar os dois)
4ª - Juntar 5 1/2 copos de farinha (aqui está o segredo: pode usar o tipo de farinha que quiser e misturar várias; assim o pão fica sempre diferente).
5º - Juntar nessa mistura a água com o fermento dissolvido. Bater na batedeira com o gancho de massas, ou à mão.
6ª - Colocar em forma de bolo inglês untada com manteiga (dá 2 formas regulares).
7º - Colocar em forno pré-aquecido a 200º.

As variações podem ser várias. Para além da farinha utilizada, pode-se, ainda, acrescentar recheios... sementes...
Use a imaginação e crie!


quarta-feira, novembro 05, 2008

à ultima hora... bacalhau!


Muitas vezes abrimos o frigorifico e ficamos a pensar no que fazer! Pois é, desta vez tinha bacalhau... e courgettes (abobrinha no Brasil). Decidi inventar... e ficou delicioso. Aqui vai a receita:

Desfiar o bacalhau já demolhado. Cortar as courgettes em tirinhas (tipo batata para fritar). Fazer um refogado com azeite e cebola e alho picados, deixando a cebola dourar.
Acrescentar as courgettes e deixar cozinhar alguns minutos, mexendo e sem deixar ficar muito mole.
Juntar o bacalhau, temperando a gosto com sal e pimenta.
Deixar murchar um pouco. Juntar ovos batidos e misturar para o ovo cozinhar.
Já no prato, temperar com salsa picada e paprika.
Experimentem... delicioso!

sábado, novembro 01, 2008

Arroz Doce da Tia Cândida


Mais umas vindimas 
na Vivenda S. Domingos (Tinto dos Tintos) e na Casa do Rosmaninho (Branco do Rosmaninho). 

Este ano as uvas eram poucas mas a alegria e a festa, como sempre, foram abundantes. Os amigos estiveram presentes para ajudar no trabalho e na comilança!


Depois do "caldo" (sopa com carne e enchidos), nada melhor do que uma sobremesa típica para adoçar a boca...
A tia Cândida fez o seu arroz doce incomparável... e decorado a rigor.

Deixamos aqui a receita para quem quiser partilhar uma dos nossos doces preferidos!


Precisa de:


- 2 chávenas (chá) de arroz "carolino" (grão redondo, glutinoso, o melhor para o arroz ficar bem cremoso)
- 2 1/2 chávenas (chá) de açúcar
- 2 litros de leite (gordo ou inteiro)
- 2 paus de canela
- 6 gemas de ovos
- casca de 1 limão
- sal q.b.
- água q.b.
- canela em pó q.b.

Modo de fazer:


Numa panela ampla, coloca-se um pouco de água (suficiente para "abrir" o arroz), o sal, 1 pau de canela e a casca de limão.

Leva-se a aquecer em lume médio.

Entretanto, à parte, aquece-se o leite, no qual se colocou o outro pau de canela.

Quando a água iniciar fervura deita-se o arroz, espalhando-o com uma colher de pau. À medida que a água for secando, vai-se juntando o leite quente (reservar um pouco para desfazer as gemas).
Para o arroz não pegar no fundo da panela, tem que se ir mexendo sempre com a colher de pau e mantendo uma fervura moderada.

Colocam-se as gemas numa tigela e junta-se-lhes o bocado de leite que ficou reservado.

O arroz deve estar cozido quando o leite acabar. Se não estiver ainda cozido (o que pode suceder devido ou ao tipo de arroz ou ao fogo estar demasiado forte, secando o arroz depressa demais sem cozer) vai-se juntando mais leite quente, até que fique totalmente cozido. 

Junta-se o açúcar, deixa-se secar um pouco mais e quando estiver com a textura desejada, retira-se do fogo. Convém não esquecer que o arroz quando arrefecer vai sempre "ligar" um pouco mais. A textura tem muito a ver com o gosto de cada um. Nós aqui gostamos dele bem cremoso.

Junta-se de seguida a mistura de gemas e leite, passada por um coador.
Vai outra vez ao fogo uma última vez a fervilhar ligeiramente para cozinhar as gemas.

Coloca-se em travessas, retira-se o pau de canela e a casca de limão e decora-se com canela em pó.



O segredo do arroz doce? alguma prática e, sobretudo, calma e paciência... acho que é por isso que o arroz doce da tia Cândida é tão bom!