terça-feira, setembro 26, 2006

Moqueca de peixe com pirão

Ah... o mar de Angra... se existe paraíso, este lugar deve ser perto! Uma beleza!
O dia estava lindo... o sol a brilhar e o mar azul... a água transparente...

Chegados a casa, que preguiça... e que fome! Mas a Cláudia tinha à nossa espera uma moqueca deliciosa! Acompanhada de pirão e arroz branco. Divino!

Para fazer água na boca, aqui fica a descrição de como foi feito. É um prato simples e sempre com um cheirinho a mar... experimentem e vão ver que a delícia que é.

Moqueca de peixe com pirão da Cláudia


esta já é a mesmo a foto da comidinha deliciosa


Tenha à mão:

Peixe em postas (guarde a cabeça e as postas mais pequenas do rabo para fazer o pirão)
Cebolas
Alhos
Pimentos
Tomates maduros
Tablete de caldo de peixe
Coentros
Louro
Azeite
Leite de coco
Sal e pimenta
Farinha de mandioca para o pirão

Arranje um peixe bom... tempere-o com pimenta, alho picadinho, sal e sumo de limão. Reserve (mais ou menos 10 minutos).

No fundo de uma panela (se for de barro ainda melhor) coloque cebola, tomate e pimento, tudo às rodelas.

Em cima, coloque algumas postas de peixe e cubra outra vez com mais cebola, tomate e pimento; vá alternando as camadas até terminar (a última camada deve ser de temperos).

Por cima de tudo, desfaça um (ou dois, conforme a quantidade de peixe), caldos de peixe (ou camarão), regue com azeite, ponha um bom ramo de coentros, 1 folha de louro, tampe e leve a fogo baixo.

Quando estiver quase pronto (ai o olho e a experiência! nessa hora é que é!), deite por cima um pouco de leite de coco e desligue, deixando a panela tapada por uns minutos.

E já está.
Se quiser deixar o prato mais incrementado, pode ainda juntar camarões e/ou lulas (cortada às rodelas). Nesse caso, a Cláudia sugere que, primeiro, se refogue as lulas e os camarões junto com cebola e azeite; depois é só deitar por cima (quando se junta o leite de coco).

Enquanto a moqueca fica abafadinho a ganhar sabor, faça o pirão.

Para isso, faça um refogado leve com cebola, alho e azeite (só para a cebola ficar transparente). Junte a cabeça do peixe e as postas que deixou reservadas. Cubra com água, tempere com sal, pimenta e uma folha de louro. Deixe cozinhar bem até que o peixe se solte das espinhas.
Retire o peixe (sem peles e espinhas) e reserve.
Coe o caldo e coloque-o numa panela. Acrescente coentros picados e quando o líquido estiver a ferver, vá juntando a farinha de mandioca aos poucos e mexendo sempre (em fogo baixo para não queimar). Não deve ficar muito grosso mas sim um creminho... rectifique os temperos... Vá mexendo para a farinha cozinhar.

Não sabemos mesmo o que é melhor! Quando eu era pequena e a minha mamãe fazia peixe com pirão, eu só comia o pirão...

Numa mesa brasileira, o arroz branco não pode faltar (e, como foi o caso, ainda uma farofinha).

Claro que podem fazer esta receita com qualquer peixe... já tenho feito com peixe congelado e também fica bom... claro que nada tira o lugar de um peixinho fresco, ainda a cheirar a mar!

terça-feira, setembro 19, 2006

Caldinho de feijão

Continuamos com os nossos passeios e aventuras gastronómicas pela Cidade Maravilhosa.
Desta vez, como era domingo, fomos dar uma volta pela Feira do Lavradio (fica mesmo na Rua do Lavradio), paixão de todos os que gostam de antiguidades e “brechós”. Ali pode encontrar-se de tudo um pouco…
Na hora do almoço, fomos ter ao Boteco do Juca na rua Mem de Sá. O Juca é português e dono de vários botecos na zona centro. Ficamos encantados com o ambiente e com a variedade de cardápio! Foi até difícil de escolher… e ficamos a saber que têm “todos os dias iscas de bacalhau à moda da Ribeira do Porto”! Não é o máximo?
Mas como queríamos comida brasileira, mandamos vir “baião de dois”, “carne seca com aipim”, “caldinho de feijão” e ainda uma salada de palmito… um exagero de comida, porque as doses são imensas!! Como era tudo delicioso, tivemos dificuldade em deixar no prato! É mesmo o caso em que “os olhos foram maiores do que a barriga”.
Para aqueles que não puderem lá ir, deixamos aqui a receita do “caldinho de feijão” (que encontramos aqui).

Ingredientes

2 xícaras de feijão mulatinho (o pretinho)
8 xícaras de água
2 folhas de louro
60 g de bacon
1 paio pequeno
½ xícara de cebola picada
4 dentes de alho picados
2 colheres (sopa) de pimento verde picadosal e pimenta-do-reino cebolinha e coentro (ou salsa) picados
azeite

Modo de Preparo

Coloque o feijão de molho em água fria por 4 horas. Escorra.
Retire a pele do paio e coloque em uma panela de pressão. Acrescente o feijão e as folhas de louro. Cubra com a água, tampe a panela e leve ao fogo para cozinhar por cerca de 35 minutos (conta-se o tempo quando a panela começa a apitar; também pode ser cozinhado em panela normal, só que demora mais tempo). Deixe esfriar na panela.
Retire o paio e corte em fatias finas. Reserve.
Pique o bacon e coloque em uma panela com um pouco de azeite, leve ao fogo baixo para que o bacon liberte a gordura. Quando a gordura estiver bem quente adicione a cebola, o alho e o pimento picado. Refogue bem e despeje na panela com o feijão. Tempere com sal e pimenta-do-reino.
Leve ao fogo novamente e ferva por 10 minutos. Deixe amornar e bata em um liquidificador (deve ficar um creminho).
Passe por uma peneira e mantenha aquecido.
No fundo de cada canequinha de cerâmica coloque algumas fatias do paio e despeje o caldinho quente.
Salpique com cebolinha e coentro (ou salsa) a gosto e sirva ainda quentinho .


Essa é uma comida bem carioca… e encontra-se em vários locais diferentes (especialmente nos botecos). Acompanha com uma cachacinha de cana ou uma cerveja geladinha.
Uma delícia! Ficamos clientes
(colocaremos a foto depois... precisamos chegar a casa para transferir as fotos da máquina!)

segunda-feira, setembro 11, 2006

Tarte de limão da Paula

Nem só de Boteco se faz uma viagem.
Ainda no Rio, temos sido presenteados com cada iguaria!... Tentaremos manter-vos informados… que tal um roteiro de viagem gastronómico?

Estamos em casa da titia Micá, e a nossa querida Paula não deixa crédito por mãos alheias… outro dia, chegados a casa e cansados de tanto andar, tínhamos à nossa espera uma torta* de limão divina! Foi uma luta… não conseguíamos parar de comer!!! A receita original tem o nome de Torta de limão da Regina, mas resolvemos mudar o nome em homenagem à cozinheira… tarte de limão da Paula.


Aqui fica, então, a sugestão. Deliciem-se como nós (não nos responsabilizamos por nenhuma caloria a mais adquirida. Como dizem por aqui, o melhor é "ir malhar" umas boas horas para tentar rectificar os quilinhos a mais! Aliás, no fim da viagem, esse será o nosso problema!)




Ingredientes:
Massa

1 ½ chávena chá de farinha de trigo
1 gema
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (café) de sal
2 colheres (sopa) manteiga
2 colheres (sopa) de leite
1 colher (café) de fermento em pó
manteiga para untar

Recheio
2 latas de leite condensado
1 chávena (chá) suco de limão coado**
1/2 pacotinho de gelatina sem sabor dissolvido em «banho maria»

Cobertura
2 claras
8 colheres (sopa) açúcar em pó


Mãos na massa:

Comece por misturar e amassar bem todos os ingredientes da massa. Forre uma forma redonda de fundo amovível. Fure com um garfo e leve a assar em forno pré-aquecido, mais ou menos, por 20 minutos. Deixe arrefecer, desenforme e reserve para colocar o recheio.

Misture o leite condensado com o sumo de limão e a gelatina dissolvida e coloque por cima da base. Reserve.

Bata as claras em castelo e vá juntando o açúcar para fazer um suspiro duro. Disponha por cima do creme de leite condensado. Pode utilizar um bico ou espalhar o suspiro e fazer umas pontas com um garfo.

Levar ao forno só para dourar as pontas do suspiro.


Experimentem e vão ver que temos razão: DELICIOSA!



* tradução para português lusitano: torta = tarte; rocambole = torta.
** o limão utilizado aqui é o que chamamos de lima. Mas talvez fique igual com o nosso limão (que no Brasil se chama de limão galego)